Tópicos:
- Introdução
- Efeitos da deficiência de cálcio
- Hormônios que atuam nos ossos
- Tumores nos ossos
Introdução
Você sabia que o cálcio desempenha um papel crucial na saúde dos seus ossos? Além de ser essencial para o bom funcionamento do organismo, o cálcio está diretamente relacionado à formação óssea e à manutenção da densidade óssea. Neste artigo, vamos explorar a importância desse mineral na alimentação, como ele influencia os ossos e o que pode ocorrer quando há deficiência de cálcio no organismo.
A concentração de cálcio no sangue e nos tecidos deve ser constantemente regulada. Quando a quantidade desse mineral nos ossos diminui, ocorre a descalcificação óssea, o que pode afetar a saúde de todo o corpo, causando uma série de problemas, como osteoporose e até doenças relacionadas ao metabolismo ósseo. É importante compreender como o cálcio age no corpo, além dos efeitos negativos que sua falta pode causar. Além disso, vamos abordar os hormônios que influenciam a saúde óssea e também discutir sobre a formação de tumores ósseos, que podem ser benignos ou malignos.
Efeitos da deficiência de cálcio
O cálcio é um mineral essencial para o fortalecimento ósseo, principalmente durante os períodos de crescimento. A deficiência de cálcio, que pode ocorrer devido a uma alimentação inadequada ou à carência de vitamina D, prejudica a formação e a manutenção da matriz óssea. Quando os níveis de cálcio são baixos, o corpo começa a retirar cálcio dos ossos para manter a concentração sanguínea estável, o que resulta na descalcificação do tecido ósseo.
Nos crianças, a deficiência de cálcio pode levar a uma condição chamada raquitismo, caracterizada pela falta de calcificação óssea adequada. Isso afeta o crescimento ósseo e pode causar deformidades, como ossos curvados e extremidades de ossos longos deformadas. Já nos adultos, a osteomalacia se torna uma preocupação. Ela é marcada pela calcificação inadequada da matriz óssea recém-formada e pela descalcificação de ossos já calcificados. O resultado é uma fragilidade óssea significativa, o que aumenta o risco de fraturas e dificuldades de movimentação. A osteoporose, uma condição comum em idosos, também está diretamente relacionada à deficiência de cálcio, já que, com a perda gradual da densidade óssea, o risco de fraturas aumenta. Essa condição pode ser agravada pela falta de outros fatores, como os hormônios e a presença de determinadas doenças, que vamos explicar a seguir.
Tratado de Fisiologia Médica – Guyton & Hall – 14° Edição – Editora Guanabara Koogan
Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada – Dee Silverthorn – 7° Edição – Editora Artmed
Hormônios que atuam nos ossos
O sistema endócrino tem um impacto significativo sobre a saúde óssea. O hormônio do crescimento (GH), produzido pela hipófise, é um dos principais responsáveis pelo estímulo ao crescimento ósseo. Ele age principalmente sobre a cartilagem epifisária, onde ocorre a elongação dos ossos. Esse efeito do GH não é direto, já que ele ativa a produção de somatomedinas pelo fígado, que, por sua vez, estimulam o crescimento ósseo.
Outro fator importante para a saúde óssea são os hormônios sexuais. Nos homens, a testosterona, e nas mulheres, os estrógenos, são fundamentais para a formação de osso. A redução de estrógenos após a menopausa, por exemplo, é uma das principais causas da osteoporose, uma vez que esses hormônios desempenham um papel importante na preservação da densidade óssea.Além disso, a hipotireoidismo pode impactar negativamente a formação óssea, especialmente nas crianças. A deficiência do hormônio tireoidiano pode resultar em cretinismo, que inclui não apenas retardo mental, mas também o nanismo e o atraso no crescimento ósseo. O hormônio tireoidiano também potencializa os efeitos do GH, sendo crucial para a saúde óssea.
Tumores nos ossos
Os tumores ósseos podem ser classificados como benignos ou malignos, e sua origem está relacionada ao crescimento anormal das células que compõem os ossos e a cartilagem. Quando células ósseas escapam do controle normal de proliferação, elas podem formar tumores. Alguns desses tumores são benignos, ou seja, não se espalham para outras partes do corpo, mas outros podem ser malignos, apresentando riscos à saúde.
Entre os tumores benignos, destacam-se os osteomas, que são geralmente pequenos e não causam danos graves, mas que podem causar dor e outros problemas locais. Os condromas são tumores benignos formados por células cartilaginosas, enquanto os osteoblastomas e osteoclastomas são exemplos de tumores ósseos benignos formados a partir de células ósseas.
Por outro lado, o osteossarcoma é um tipo de tumor ósseo maligno e, infelizmente, muito mais grave. O osteossarcoma é caracterizado pela presença de osteoblastos pleomórficos (células de morfologia irregular e variada) e uma alta taxa de mitose, o que indica a divisão rápida e descontrolada dessas células. Este tipo de tumor ósseo ocorre com mais frequência em adolescentes e adultos jovens, e as áreas mais comumente afetadas incluem a extremidade inferior do fêmur e as extremidades superiores da tíbia e do úmero.Embora o osteossarcoma seja raro, ele é um dos tipos de câncer ósseo mais comuns e requer tratamento imediato, geralmente envolvendo uma combinação de cirurgia e quimioterapia.
Referências Bibliográficas:
- HALL, J. E.; HALL, M. E. Guyton and Hall Textbook of Medical Physiology. 14. ed. [s.l.] Elsevier, 2021.
- CALCITRAN. Top 5 vitaminas para fortalecer os ossos. Disponível em: <https://calcitran.com.br/blog/vitaminas-para-fortalecer-os-ossos/>. Acesso em: 6 nov. 2025.
- JESSICA. Tumor ósseo, o que é e como tratá-lo? – Centro de Medicina Avançada Cavalheiro. Disponível em: <https://cmacavalheiro.com.br/tumor-osseo-o-que-e-e-como-trata-lo/>. Acesso em: 6 nov. 2025.
