Tecido Muscular: Fibras Musculares Esqueléticas e Contração Muscular

Tópicos do artigo

  1. Introdução
  2. Músculo Esquelético: Estrutura e Função
    • Organização do Músculo Esquelético
    • Organização das Fibras Musculares Esqueléticas
    • Actina e Miosina: as Proteínas da Contração Muscular
    • Retículo Sarcoplasmático e Sarcômero
  3. Mecanismo da Contração Muscular
  4. Curiosidades

Introdução

O tecido muscular é um tecido fundamental para o movimento do corpo humano, sendo responsável pela contração e geração de força necessária para a locomoção e outras funções fisiológicas essenciais. Esse tecido é altamente especializado, composto por células alongadas que contêm proteínas contráteis como actina e miosina. Elas são as responsáveis pela geração da força muscular, utilizando a energia do ATP para realizar o movimento. No contexto da biomedicina, entender as características do tecido muscular e como ele funciona é essencial para compreender a fisiologia humana e doenças relacionadas ao sistema muscular. Você também pode ler um artigo sobre o sistema muscular na visão da anatomia.

Neste artigo, vamos explorar o tecido muscular de forma detalhada, destacando seus tipos, organização, estrutura das fibras musculares e o mecanismo da contração muscular. Aprofundar-se nesses conceitos ajudará estudantes de Biomedicina a dominar o assunto de maneira clara e objetiva.

FONTE

Músculo Esquelético: Estrutura e Função

O músculo esquelético é um tipo de tecido muscular especializado no movimento voluntário do corpo. Ele é formado por células longas e multinucleadas chamadas fibras musculares. Essas fibras contém miofibrilas, que são formadas por proteínas contráteis (actina e miosina) que interagem para gerar a contração muscular. Esse tipo de músculo é responsável por realizar movimentos rápidos e vigorosos, como os do braço, pernas e outros membros. Ao contrário do músculo cardíaco e liso, que têm contração involuntária, o músculo esquelético é controlado voluntariamente pelo sistema nervoso central.

Organização do Músculo Esquelético

A organização do músculo esquelético é complexa e permite que ele funcione de maneira eficiente. Em músculos como o bíceps e deltóide, as fibras musculares estão dispostas em feixes que são envolvidos por camadas de tecido conjuntivo. Essa organização ajuda na transmissão da força gerada por cada fibra para o músculo como um todo.

  • Epimísio: Camada de tecido conjuntivo que envolve o músculo inteiro.
  • Perimísio: Septos de tecido conjuntivo que separam os feixes de fibras musculares.
  • Endomísio: Lâmina basal que envolve cada fibra muscular individualmente, fornecendo suporte adicional e permitindo a transmissão da força gerada.

Essas camadas de tecido conjuntivo não apenas mantêm a estrutura do músculo, mas também são responsáveis por permitir que a força gerada por cada fibra seja distribuída por todo o músculo de forma eficiente.

FONTE

Organização das Fibras Musculares Esqueléticas

Cada fibra muscular esquelética é composta por muitas miofibrilas, estruturas cilíndricas que têm de 1 a 2 micrômetros de diâmetro. Essas miofibrilas são organizadas paralelamente ao longo do eixo da fibra muscular e são formadas por unidades contráteis chamadas sarcômeros.

Os sarcômeros são os responsáveis pela contração muscular e contêm dois tipos de filamentos:

  • Actina (filamentos finos)
  • Miosina (filamentos grossos)

Esses filamentos se organizam de forma ordenada e repetitiva, permitindo que a contração muscular seja eficiente e coordenada.

Actina e Miosina: As Proteínas da Contração Muscular

As proteínas actina e miosina são essenciais para a contração muscular. A actina forma filamentos finos, enquanto a miosina forma filamentos grossos. Durante a contração muscular, as “cabeças” da miosina se ligam aos filamentos de actina, permitindo o deslizamento dos filamentos uns sobre os outros. Esse movimento resulta na contração da fibra muscular, gerando força.

O papel dessas proteínas no mecanismo de contração é fundamental para o funcionamento de qualquer tipo de músculo. A interação entre a actina e a miosina é regulada por íons de cálcio e pela energia proveniente do ATP.

Retículo Sarcoplasmático e Sarcômero

O sarcômero é a unidade contrátil do músculo esquelético e é a parte fundamental que se contrai durante a atividade muscular. O sarcômero é delimitado por estruturas chamadas discos Z e contém os filamentos de actina e miosina dispostos em um padrão repetitivo que cria as bandas claras e escuras visíveis ao microscópio.

  • Discos Z: Estruturas que marcam os limites do sarcômero.
  • Banda I: A região mais clara, formada apenas por filamentos de actina.
  • Banda A: A região escura, composta por filamentos de miosina com sobreposição de filamentos de actina.
  • Zona H: A região central da Banda A, composta apenas por filamentos de miosina.

Além disso, o retículo sarcoplasmático é uma rede de túbulos que armazena e libera íons cálcio essenciais para a contração muscular.

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Mecanismo da Contração Muscular

O mecanismo da contração muscular começa quando um potencial de ação atinge a fibra muscular, resultando na liberação de acetilcolina nas junções neuromusculares. A acetilcolina provoca a despolarização da membrana da fibra muscular, o que ativa o retículo sarcoplasmático, liberando íons de cálcio.

Esses íons de cálcio se ligam à troponina, uma proteína que se encontra nos filamentos de actina. Isso faz com que a tropomiosina, que estava bloqueando os sites de ligação entre a actina e a miosina, seja deslocada, permitindo que as cabeças de miosina se liguem à actina e deslizem os filamentos.

Este processo é repetido continuamente enquanto os íons de cálcio estão presentes, causando a contração do músculo. Quando o estímulo cessa, o cálcio é removido e a fibra muscular retorna ao estado relaxado.

Curiosidades: 

  • O aumento da musculatura por meio do exercício se deve à formação de novas miofibrilas, com aumento do diâmetro das fibras musculares. Esse processo, caracterizado pelo aumento de volume das células, chama-se hipertrofia, enquanto o crescimento decorrente da proliferação das células chama-se hiperplasia.

Referências Bibliográficas

  1. JUNQUEIRA, L. Carlos; CARNEIRO, José. Basic Histology: Text & Atlas. New York; London: Mcgraw-Hill, 2005.
  2. HOLANDA, Igor. Tecido muscular, o que é? Definição, principais tipos e características. Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/tecido-muscular/. Acesso em: 13 fev. 2025.
  3. 8-6 Tecido muscular – HISTOLOGIA. Disponível em: https://mol.icb.usp.br/index.php/8-6-tecido-muscular/. Acesso em: 13 fev. 2025.
  4. CARDOSO, M. Actina e Miosina. Disponível em: https://www.infoescola.com/sistema-muscular/actina-e-miosina/.

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